Mensalinho envolve dinheiro público, diz deputado do PT

Responsável por apresentar o empresário Marcos Valério à antiga cúpula do petista, o deputado federal Virgílio Guimarães (PT-MG) disse nesta terça-feira (18) que a eventual denúncia sobre o chamado mensalão mineiro, ou mensalinho, "incide, basicamente sobre dinheiro público". A afirmação de Virgílio se baseia em informações divulgadas sobre o relatório final da Polícia Federal (PF), que investigou o esquema de arrecadação de dinheiro durante a campanha á reeleição do então governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998.

"Essa denúncia, ela incide, basicamente, sobre dinheiro público. A denúncia do mensalão do PT não tem nenhuma clareza sobre dinheiro público", disse Virgílio. "Tem uma diferença muito importante entre uma coisa e outra". O deputado petista diz que não tem razões para defender a antiga cúpula do partido e o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. "Eu acho que o partido depois que esse bando desabou é muito melhor, o governo é muito melhor, mas eu não posso acusá-los de desvio de recursos públicos, porque eu não tenho conhecimento e não ficou tão claro.

A PF apontou o valerioduto mineiro como embrião do escândalo do mensalão durante o primeiro mandato do governo do presidente Luiz Inácio da Silva. O esquema de caixa 2 teria movimentado R$ 100 milhões, alimentado com recursos públicos e privados. A apreensão no governo e entre os tucanos é quanto à possível denúncia contra o atual ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia e Azeredo, atualmente senador. Azeredo nega participação no esquema e já isentou o ministro, afirmando que ele não foi o coordenador da campanha em 1998.

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