Um menino conseguiu driblar os agentes das Polícias Federais brasileira e norte-americana, além de policiais militares, e pedir R$ 1 para a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, durante o passeio dela por Salvador (BA). Condoleezza não entendeu o pedido, mas o assédio das equipes de segurança fizeram o garoto fugir correndo. Antes de deixar o Pelourinho e se dirigir ao aeroporto comentou sobre a visita. "Foi uma honra e um prazer conhecer Salvador. Gostei muito, tive momentos ótimos. Vou recomendar".
Condoleezza chegou ao bairro histórico de Salvador e acompanhou ali um ritual inter-religioso na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, conheceu as obras sociais desenvolvidas pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), em parceria, no Estado, com a Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba), e visitou o Museu Afro da Bahia. Tudo intercalado por apresentações musicais, como da banda Olodum, e performáticas, como rodas de capoeira, em ritmo de city tour.
No passeio, a secretária de Estado esteve acompanhada, o tempo todo, pelo governador baiano, Jaques Wagner (PT), pelo prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PDT), e pelos ministros da Cultura, Gilberto Gil, e do Turismo, Marta Suplicy. Todos voltaram a ressaltar a importância da exposição da visita de Rice para a divulgação da Bahia, mas reconheceram que, na visita não houve discussões de trabalho.
Cerca de 10 minutos depois de Rice ter ido embora, rumo ao aeroporto, um grupo de cerca de 20 pessoas, integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Internacional Revolucionária da Juventude, começaram um apitaço na frente do Museu Afro. Com uma faixa em que pregavam a retirada das tropas americanas do Iraque e brasileiras do Haiti, os manifestantes ficaram cerca de 30 minutos no local e, mesmo cientes de que a secretária já havia se deslocado para o aeroporto, queimaram da bandeira norte-americana.