Um colega ouvido pela polícia afirmou que o adolescente Marcelo Pesseghini, de 13 anos, suspeito de matar os pais, a cabo Andréia Regina Pesseghini, de 36 anos, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, de 40 anos, a tia-vó e avó e depois se suicidar, o avisou dos assassinatos por telefone, horas antes do crime. A família do rapaz foi encontrada morta no dia 5 na sua residência na Brasilândia, zona norte de São Paulo.
Nesta quarta-feira, 14, foram ouvidas mais quatro testemunhas, com cerca de 30 depoimentos já prestados à polícia. Pela manhã, foram ouvidos dois PMs que trabalhavam com o sargento. À tarde, foram chamados uma colega de classe do menino e sua mãe. A polícia informou que a identidade das duas testemunhas foi preservada a pedido delas.
A principal suspeita é que Marcelo tenha assassinado a tiros os pais, a tia-avó e avó, dirigido um carro da família até a escola, onde assistiu às aulas antes de voltar de carona para casa e se matar.
Enquanto o laudo pericial do Instituto de Criminalística não é divulgado, ainda surgem outras especulações sobre os crimes fora da linha principal de investigação, como a família ter sido executada por vingança ou mesmo um crime passional envolvendo os pais.
A Corregedoria da Polícia Militar anunciou nesta quarta-feira que irá apurar a denúncia de que a cabo Andréia havia sido convidada a participar de furtos a caixas eletrônicos por colegas da corporação. O caso foi relatado pelo deputado estadual Major Olímpio Gomes (PDT). Desde terça-feira, 13, ele passou a fazer declarações à imprensa de que havia pedido contato do caso para o coronel Rui Conegundes, comandante da Corregedoria da PM. Segundo ele, a PM afastou o coronel Wagner Dimas, comandante do 18º Batalhão, que chegou a dizer que a cabo denunciou a participação de policiais militares em roubos. Em depoimento à Corregedoria, no entanto, ele voltou atrás e disse que se confundiu durante uma entrevista.
Em nota, a PM comunicou que o afastamento de Dimas foi provocado por motivo de doença. Além disso, a PM informou que a transferência do Capitão Fábio Paganoto, o superior para qual a cabo teria relatado a situação, ocorreu em 15 de dezembro de 2011, “sem qualquer relação com a suposta denúncia”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.