Medidas sobre Congonhas transformam aeroportos em “centros de distribuição”

Brasília – A redução de 151 vôos no Aeroporto de Congonhas, anunciada pelo Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac), é acompanhada de uma redistribuição para outros terminais os pontos de conexão e escala para várias localidades brasileiras. A medida procura desafogar o aeroporto na zona sul da capital paulista, onde no dia 17 de junho aconteceu o maior acidente aéreo do país. Aeroportos do interior de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba serão novos centros de distribuição de vôos.

A redução seria feita sobre o total de 712 vôos autorizados diariamente hoje em Congonhas. O remanejamento é a implementação da diretriz geral adotada na primeira reunião do Conac, quando ficou decidido que Congonhas não seria mais um terminal de conexões e escalas, mas, sim, origem e destino de vôos "ponto-a-ponto". O prazo para a implantação das medidas se mantém, segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, para 60 dias a contar de 20 de julho. Ou seja, até as mudanças precisam estar implementadas até o final de setembro.

Durante entrevista em que anunciou o remanejamento de vôos do Aeroporto de Congonhas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, apresentou a proporção de localidades que possuem vôos no terminal. Cerca de 23% são vôos da ponte-aérea São Paulo-Rio de Janeiro; outros 23% com o conjunto de Brasília (9%), Confins (6%), Curitiba (8%); cerca de 10% dos vôos programados para o interior paulista; e quase a metade (44%) de outras localidades, de onde devem sair a maioria dos vôos remanejados.

Veja a seguir um resumo das mudanças:

Aeroporto de Curitiba servirá de conexão para vôos até a região Sul;

Aeroportos do interior paulista e de Brasília farão conexão para o Centro-Oeste;

Aeroporto do Galeão fará conexões para Nordeste, Europa, América do Sul e do Norte;

Aeroporto de Confins também terá conexões para o Nordeste;

Congonhas manterá os vôos da ponte-aérea para o Rio de Janeiro especificamente para o Santos Dummont.

O Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, opera com capacidade ociosa de 683 vôos por dia, segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Por isso, o aeroporto tem capacidade para receber linhas que partiam de Congonhas, sem haver sobrecarga, segundo o ministro.

O Conac também decidiu vai criar um comitê de assessoramento para planejar e monitorar a implementação das mudanças na malha aérea brasileira. Entre os membros do comitê, estão a Anac, a Infraero, especialistas da aviação convidados pelo governo e Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), do Comando da Aeronáutica.

Em 15 dias, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) devem montar um relatório sobre as mudanças.

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