Medida provisória que muda Estatuto do Desarmamento já está em vigor

A ausência de conflitos políticos significativos levou os pesquisadores do estudo a analisar outros "microcontextos" que pudessem explicar o alto índice de mortes por armas de fogo. Urbanização, a variável "família sustentada por mãe solteira com filhos abaixo de 21 anos sem trabalho", grupo étnico, pobreza, são fatores que determinam se a pessoa tem mais, ou menos, chances de ser vitimada.

Ser jovem (entre 15 e 29 anos), estar fora do sistema educacional e não ter um emprego formal são fatores de risco da violência armada. Os homens são 17 vezes mais propensos de serem vitimados pela violência armada nas áreas urbanas do que as mulheres. Nas áreas rurais, essa diferença é menor.

Os índices de violência também são maiores em regiões próximas às fronteiras, onde o comércio de drogas, armas e outros produtos ilícitos é intenso; estradas, como as que passam pelo "Polígono da Maconha" (Pernambuco), para o litoral, onde a droga é consumida, e aquelas próximas ou dentro de regiões onde existem conflitos de terra. As cidades que apresentam menores taxas de homicídio do que as esperadas têm melhores práticas de administração pública e de desenvolvimento humano, ou são voltadas para o turismo religioso ou ambiental.

No estudo, a Small Arms Survey disse que os governos são os principais responsáveis pelo controle dos fluxos de armas de fogo e munições, "por isso é extremamente necessário e urgente um tratado que estabeleça um mecanismo global, único e coerente com regras para controlar a exportação, importação e transferência dessas armas e munições entre os países. Com este Tratado menos armamentos cairiam nas mãos de governos que cometem graves abusos dos direitos humanos, contrabandistas, grupos terroristas e facções do crime organizado".

A organização pediu que toda a população mundial se mobilize e conscientize para evitar que os grandes comerciantes de armas interfiram no conteúdo do Tratado Internacional de Armas, cuja resolução para início da construção foi assinada este ano pela Organização das Nações Unidas (ONU).

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