Os médicos residentes de todo o País entraram em greve por tempo indeterminado a partir de hoje, segundo informações do vice-presidente da Associação dos Médicos Residentes do Estado do Rio de Janeiro (Amerej), Daniel Cesar. No Rio de Janeiro, conforme a entidade, cerca de três mil médicos residentes paralisaram suas atividades nos 76 hospitais da rede pública. Apenas atendimentos de urgências são feitos. Segundo Daniel, a categoria volta ao trabalho após firmar acordo com o governo federal.
Os médicos residentes reivindicam reajuste de 38% da bolsa do residente, que é de R$ 6,60 a hora trabalhada, pagamento da 13ª bolsa baseada na lei do estagiário, licença maternidade por seis meses e auxílios moradia e alimentação, melhoria das condições de formação, além da data base para reajuste anual.
De acordo com a associação, a paralisação teve início com manifestações nas portas dos hospitais. No fim da tarde será feita uma assembleia geral e, na próxima quinta-feira, a categoria fará uma passeata no centro da capital fluminense em direção à Câmara Municipal.
A Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) informou que, entre os hospitais da rede estadual, apenas o Getúlio Vargas e Saracuruna contam com médicos residentes e eles estão trabalhando normalmente.
São Paulo
Em São Paulo, a Secretaria Estadual de Saúde não registrou nenhuma paralisação nos hospitais regionais e, de acordo com a pasta, o atendimento segue normalmente. A greve da categoria também se estende por todo o País, que registra aproximadamente 22 mil médicos residentes, informou a Amerej.