Médicos operam aposentado que protestou em Goiânia

Um dia após protestar na porta do hospital, o aposentado Paulo Francisco Emídio, de 56 anos, foi submetido, nesta quinta-feira, 13, a cirurgia convencional, na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, para retirada de cálculo no ureter. Nervoso, ressentindo de fortes dores e um jejum de 24 horas, Paulo Francisco acusou o hospital de negligência e por cancelar a cirurgia pela terceira vez.

“Eu vim de longe e esperei muitos dias pela cirurgia que eles marcaram e cancelaram pela terceira vez”, reclamou o morador de Nova Iguaçu de Goiás, a 346 quilômetros de Goiânia, paciente do SUS (Sistema Único de Saúde). “Pois, agora, o médico e o hospital me devem desculpas”.

Apesar dos protestos, ele recebeu veementes pedidos de desculpas. O corpo clínico do hospital explicou ao Paulo, que o aparelho para realizar a cirurgia não estava disponível. Por isso, foi definida uma nova cirurgia, convencional, realizada na manhã desta quinta-feira. Como afirmou o urologista José Dias, também diretor clínico da Santa Casa.

“Eu mesmo fiz a cirurgia”, afirmou. “Agora, o Paulo Francisco está medicado, passa bem, e receberá alta nesta sexta-feira”, disse para O Estado. “Reunimos o corpo clínico e o paciente para pedirmos desculpas”, revelou. “E na hora da cirurgia, toda equipe também participou”, comentou.

Agora, bem tratado e com o moral elevado, Paulo Francisco Emídio confirmou que vai para sua casa, no final de semana, no interior de Goiás. Porém, retorna a Goiânia nos próximos 15 dias.

É quando será submetido a duas novas cirurgias. Ambas para retirada de cálculo nas proximidades do rim direito. Depois, poderá receber alta efetiva se as dores foram superadas afinal, estimam os médicos.

Na intervenção cirúrgica, disse o médico José Dias, foi retirado um cálculo no ureter – que transporta a urina e interliga a pelve do rim à bexiga – que estava a cinco centímetros da bexiga do lado direito. Também foi colocado um cateter duplo, o que também eliminou as cólicas e resultou em dores menos intensas no paciente, disseram os médicos da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia.

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