Brasília – O Brasil é referência mundial em termos de imunização. A afirmação foi feita pelo diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Renato Ávila Kfouri, ao falar sobre a 9ª Jornada Nacional de Imunizações, aberto nesta quinta-feira (8) em Brasília. O encontro, que termina sábado (10) e é promovido pela Sbim e pelo Ministério da Saúde e Sbim, visa atualizar profissionais da área médica.
Kfouri informou que, no evento, estão sendo discutidos temas como coberturas vacinais, vacinas disponíveis no país, vacinas que já estão em uso rotineiro e as que ainda estão por vir, além das ?vacinas dos sonhos?. De acordo com o médico, essas são as desejadas para combater doenças que ainda não têm prevenção eficaz, como a dengue e o câncer de colo de útero, por exemplo.
Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, Renato Kfouri disse que, além de informar e multiplicar conhecimentos, a Jornada Nacional de Imunizações poderá contribuir para quebrar o conceito que a sociedade tem de que campanha de vacinação seja direcionada somente às crianças. ?Vacina não é só coisa de criança. A gente tem esse conceito e acaba esquecendo que adulto, adolescente e idosos também tomam vacina.?
Especialista em pediatra e membro da Sociedade Brasileira de Imunização, Kfouri afirmou que a rede pública perde muitas vacinas, devido à falta de procura. Segundo ele, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), Ministério da Saúde, faz uma cobertura vacinal ?espetacular?. ?São poucos os países que têm um programa de imunização tão bom como o nosso, não só na qualidade das vacinas, mas também nas coberturas vacinais que conseguimos aqui.?
Para o médico, o sucesso do programa não depende só do funcionamento, mas de processos educativos. Kfouri observou que não adianta um cientista desenvolver uma vacina muito eficaz, que controle uma doença rara, se a população não tiver conhecimento ou acesso. ?O benefício se estende, quanto maior for a cobertura?, disse Kfouri, que destacou também a importância da produção e distribuição das vacinas.
?O PNI está a caminha da auto-eficiência na produção de vacinas – mais de 70% de vacinas utilizadas no nosso programa são produzidas no Brasil. Então, realmente é um programa de muito sucesso?.