Rio – O Conselho Regional de Medicina do RJ (Cremerj) investiga denúncia de suposto erro médico por parte da equipe do Hospital Municipal Miguel Couto, uma das maiores emergências do Estado. A dona- de-casa Celina Maria de Souza acusa os médicos de terem sido negligentes ao tratar sua filha, a menina Ísis Souza da Silva, de um ano e quatro meses, que teve os cinco dedos da mão direita amputados – segundo ela, sem sua autorização ou de seu marido.

Celina, que pretende entrar na Justiça contra o hospital, diz ter visto um esparadrapo com a inscrição ?soro glicosado? na embalagem do soro aplicado na menina, mesmo depois de ela ter avisado que Ísis poderia ser diabética, como ela. A criança deu entrada no Miguel Couto no dia 2 do mês passado com desidratação, diarréia e vômitos. Celina contou que os médicos diagnosticaram infecção intestinal. Vinte e um dias depois, o quadro piorou tanto que Ísis precisou ser submetida à cirurgia de amputação.
?Os médicos disseram que precisariam tirar as pontas dos dedos porque ela estava com uma infecção no sangue, mas amputaram os dedos inteiros. Eu não assinei a autorização porque preferi esperar meu marido, mas operaram mesmo assim. Até desmaiei?, contou Celina, mostrando o documento sem sua assinatura.

Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que os pais concordaram com a operação, que foi necessária porque a menina corria risco de vida. A nota diz que a paciente chegou ao hospital em estado muito grave, ?em choque por septicemia, desidratada, pulsos finos, extremidades frias e com má circulação?.

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