São Paulo (AE) – A TAM informou ontem, por meio da assessoria de imprensa, que estão suspensas as vendas de bilhetes para vôos domésticos, e que a medida vai vigorar até amanhã. Conforme a assessoria, a decisão visa normalizar o embarque de passageiros da companhia aérea e evitar mais confusão nos aeroportos, como as que ocorreram ontem.
Em São Paulo, no Aeroporto Internacional, em Guarulhos, a fila para o check-in no guichê da TAM, por volta das 9h, chegou a cerca de um quilômetro. Muitos passageiros provocaram pequenos tumultos devido à falta de informações. Um grupo usou narizes de palhaços para demonstrar a revolta.
No Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, também houve confusão. Por volta das 5h, 100 pessoas fizeram um buzinaço no aeroporto, batendo e socando as paredes e os ferrinhos. ?A gente não deixava ninguém entrar no setor de embarque. A Polícia nos acompanhou de longe, mas o protesto foi pacífico e durou 40 minutos?, disse o engenheiro Francisco Nilson, de 60 anos, que vai processar a companhia aérea. Seu vôo estava marcado para meia-noite e meia e às 9h40 ainda não havia decolado.
Protesto mais radical aconteceu no aeroporto de Brasília, onde um grupo de 30 passageiros da TAM, procedente de São Luiz, invadiu uma das pistas. O vôo 9051 saiu de São Luiz (MA) no horário, às 7h, e chegou a Brasília por volta das 11h, com pouco mais de 50 passageiros. Eles foram retirados do avião com a indicação de que o aparelho ia passar por algum tipo de manutenção. Mas cerca de 30 passageiros se rebelaram e correram para o meio da pista. A Infraero acionou a Polícia Federal e o Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial. O grupo, porém, não foi indiciado, em razão da crise.
Ainda em Brasília, um grupo ameaçou iniciar um quebra-quebra. O problema começou quando a estudante de Direito Keila da Rocha reagiu indignada ao cancelamento do vôo da TAM para Macapá (AP). Cerca de 30 pessoas se juntaram à estudante e ameaçaram quebrar o guichê da TAM. A polícia foi acionada.