Após mexer com avaliação, aumentar recursos para escolas e prefeituras, incrementar material escolar e instituir piso salarial nacional, o Ministério da Educação quer cobrar mais qualidade do professor. Um pacote de medidas a ser apresentado hoje vai mexer com a formação, os concursos e até o acesso aos cursos de licenciatura: para ser candidato a professor, o estudante terá de ir bem no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

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“Fizemos um mapeamento do que funciona no sistema de valorização do professor no mundo para tentar atrair jovens talentosos para a carreira do magistério. Concluímos que teríamos de criar dois filtros, o primeiro no ingresso à própria licenciatura. A ideia é que o ingressante tenha uma pontuação mínima no Enem”, explicou o ministro Fernando Haddad.

A obrigatoriedade dessa pontuação no Enem terá de ser introduzida por mudança na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e vai atingir candidatos a licenciatura em qualquer área, em faculdades particulares ou públicas, estaduais ou federais. Se a instituição não usar o Enem na seleção, o candidato terá de fazer as duas provas.

O governo federal também levou adiante uma proposta que se arrastava havia mais de um ano: permitirá que estudantes formados com ajuda do Financiamento Estudantil e que se tornem professores em escolas públicas paguem com trabalho o seu empréstimo. A cada mês de trabalho, 1% do saldo devedor será quitado. O mesmo valerá para médicos que ingressarem no programa Saúde da Família.

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