Cerca de 20% dos cursos de Medicina do Brasil terão de passar por um processo de supervisão especial do Ministério da Educação (MEC) porque tiveram notas insuficientes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). De acordo com o secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota, as universidades deverão assinar termos de compromisso para melhorias em seus cursos de Medicina, como ocorreu com a área de Direito.
Segundo o governo, a lista com os nomes de aproximadamente 30 cursos será divulgada em breve, quando forem concluídos os resultados da prova, realizada em 2007. A maioria deles é oferecida por universidades privadas, mas há a expectativa de a lista conter dois cursos de instituições federais. O processo de supervisão começará na terça-feira, quando será ouvida uma comissão coordenada pelo ex-ministro Adib Jatene. O médico foi convidado pelo ministério em fevereiro para ajudar na definição de novos critérios para avaliação de cursos da área.
As mudanças nos cursos serão definidas por uma comissão, mas, segundo o MEC, haverá obrigações de melhoria do corpo docente, do projeto pedagógico e nos hospitais universitários. Além disso o governo informou que poderá determinar a diminuição no número de vagas nos vestibulares dos cursos que não tiveram bom desempenho. O processo na área de Direito culminou também com o fechamento de cerca de 20 mil vagas. O MEC iniciou trabalhos semelhantes com cursos de Pedagogia e Normal Superior.