Brasília – A comissão que elaborou o novo Plano Nacional de Pós-Graduação entregou ontem ao ministro da Educação, Tarso Genro, a proposta de ações no setor para os próximos cinco anos. Orientada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a comissão estabeleceu como uma das metas formar, em 2010, 16 mil doutores em todo o País, o que representa o dobro do que as universidades brasileiras formaram em 2003. O ministro Tarso Genro disse "que as propostas serão acolhidas integralmente" e destacou que um dos objetivos é investir na formação de profissionais para incentivar o desenvolvimento industrial do País.
O presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos, Luciano Resende Moreira, afirmou que o Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) 2005/2010 apresentado ontem preenche uma lacuna existente no ensino superior brasileiro. Ele lembra que a última das três edições do PNPG foi elaborada para o período de 1986 a 1989.
"De lá para cá não houve nenhum outro PNPG. Durante os dois governos Fernando Henrique Cardoso houve uma discussão embrionária que não teve conclusão. E esse é um documento importante porque, por meio de uma discussão mais ampla entre as agências e a comunidade acadêmica, permite traçar os rumos da pós-graduação brasileira", destacou Moreira, um dos integrantes da comissão que elaborou o plano.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) orientou os trabalhos da comissão, que também contou com outros representantes da comunidade acadêmica e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação das Instituições Brasileiras (Foprop) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
