Para evitar coincidência de datas com a Fuvest, o Ministério da Educação (MEC) deve aplicar nos dias 4 e 5 de dezembro a prova para os alunos prejudicados no sábado por erros do caderno amarelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Num primeiro momento, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) tinha cogitado o último fim de semana de novembro ou o primeiro de dezembro, mas a prova da Fuvest – o maior vestibular de São Paulo e o segundo do País, com 133,9 mil inscritos – está marcada para 28 de novembro, um domingo.
A hipótese de deixar os dois maiores exames de seleção do País coincidirem não foi descartada de imediato porque, pelos primeiros relatórios recebidos pelo ministério, nenhum candidato foi prejudicado pelo caderno amarelo em São Paulo. Mas houve casos de alunos que receberam o caderno com problemas e conseguiram trocá-lo.
Alguns deles se julgaram injustiçados, como Luan Estrela Pietro, de 18 anos, que fez o exame na Estácio UniRadial, zona sul de São Paulo. “O primeiro caderno que me deram tinha folha em branco e questões faltando”, disse. Após perder tempo com a troca, Luan foi vítima de outra falha: preencheu o cartão de resposta na ordem invertida, por causa de um erro no cabeçalho. O MEC admitiu o problema e vai fazer a correção invertida para o candidato que pedir. “Mas, se puder, quero fazer uma segunda prova. Quero fazer Medicina, é uma carreira muito concorrida.”
Além da possibilidade de alunos que prestaram o Enem em São Paulo ganharem o direito a fazer a nova prova, a coincidência de datas com a Fuvest prejudicaria estudantes de outros Estados, já que o vestibular da USP atrai estudantes do País inteiro. Um problema logístico para as datas de 4 e 5 de dezembro é a realização do Enem em mais de 600 unidades prisionais e socioeducativas, nos dias 6 e 7.