O número de instituições de ensino superior de excelência ficou praticamente estagnado no País. Em compensação, o total das consideradas ruins cresceu 29,6% entre 2007 e 2008. De acordo com o Índice Geral de Cursos (IGC), avaliação anual do Ministério da Educação, apenas 21 universidades e faculdades conseguiram atingir a nota máxima (5). Entre os centros universitários, nenhum chegou a esse patamar. Foram avaliadas 2.001 instituições no total – 11% a mais do que em 2007.
Do outro lado, 588 instituições tiveram conceito 1 e 2, ou seja, devem passar por avaliação in loco do MEC por causa da baixa qualidade. “Para a secretaria, essas instituições já estão na malha fina, independentemente das visitas in loco”, disse a secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Paula Dallari, ao divulgar os resultados.
Criado no ano passado, o IGC é o primeiro índice a avaliar a instituição como um todo. Para chegar a ele, são usadas as notas do Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade) de cada um dos cursos e dados sobre professores, projeto pedagógico e infraestrutura, além do conceito obtido pela pós-graduação.
Os dados deste ano mostram que a avaliação ruim cresceu entre todos os tipos de instituição, mas ainda é maior em faculdades isoladas, integradas e institutos. Nesses grupos, que reúnem poucos cursos e não têm a independência de centros universitários e universidades, a soma de conceitos 1 e 2 chega a 551, 42,7% do total. No ano passado era de 429 (37,4%).