O início do prazo para que os pré-selecionados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) concluam suas inscrições no Sistema Informatizado do Fies (SisFies) começaria ontem, mas foi adiado para o próximo dia 15. O atraso ocorreu porque houve a necessidade de “ajustes no sistema”, de acordo com o Ministério da Educação.

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O ministro Mendonça Filho, que estava cumprindo agenda em Aracaju, em Sergipe, teve de voltar emergencialmente a Brasília para acompanhar a situação no MEC. O problema no sistema se refere à comprovação de renda dos pré-selecionados, que somaram 294 mil no fim das inscrições, até anteontem.

Antes, os candidatos aptos ao Fies deveriam ter até 2,5 salários mínimos de renda familiar mensal bruta per capita (R$ 2.200). Em 16 de junho, o MEC anunciou que ampliaria o limite de renda para até três salários mínimos (R$ 2.640). Porém, segundo apurou o Estado, o sistema ainda não ajustou a fórmula de cálculo para se adaptar à alteração.

Quem não for selecionado entra, automaticamente, em uma lista de espera. As vagas que não forem preenchidas seriam apresentadas aos candidatos em lista de espera em 4 de julho – mas o adiamento da conclusão das inscrições, em efeito cascata, também vai atrasar este cronograma para o dia 22.

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Depois de se inscrever no SisFies, o estudante ainda deve validar as informações na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento da instituição de ensino para a qual foi selecionado e procurar um agente financeiro do Fies, programa que financia cursos superiores em instituições privadas a taxa de juros de 6,5% ao ano.

Após ser procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação Superior (Sesu), do MEC, informou, em nota, que “a mudança no prazo de inscrição não compromete o processo de financiamento”.

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Novas vagas

Mendonça Filho havia anunciado, no dia 16 de junho, a abertura de 75 mil novas vagas financiadas para o segundo semestre. Para isso, seriam investidos R$ 450 milhões.

A elevação no limite da renda mínima dos estudantes para três salários mínimos ficou abaixo do que era esperado pelo mercado naquela oportunidade. Em abril, o então ministro Aloizio Mercadante havia anunciado o desenvolvimento de um estudo para que o limite fosse de 3,5 salários mínimos. As universidades buscavam com essa elevação conseguir diminuir o número de financiamentos ociosos do programa.

O setor ainda pleiteia um aumento na fatia do valor da mensalidade que pode ser financiado. Hoje, estudantes que se encontram no limite máximo de renda podem financiar 20% do preço; as instituições pedem elevação para até 50%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.