As matrículas no ensino superior no Brasil subiram 110% entre 2001 e 2010. Os dados do Censo da Educação Superior, divulgados hoje pelo Ministério da Educação (MEC), mostram que as matrículas chegaram a 6,4 milhões de pessoas. No entanto, apesar do avanço significativo da educação pública, as vagas ainda se concentram majoritariamente nas instituições privadas, com 74,2% do total.
As universidades federais, no entanto, também tiveram um avanço considerável. No mesmo período, as matrículas nas federais aumentaram 86% e chegaram a 938,7 mil. Desde 2001, as vagas oferecidas nos vestibulares também mais que dobraram, passando de 148.843 em 2002 para 302.359 em 2010. “No início do seu governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu dobrar o ingresso nas federais, e essa meta foi levemente superada”, destacou o ministro da Educação, Fernando Haddad.
O maior crescimento das vagas no ensino superior foi nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No Norte, as matrículas cresceram 148%. No Nordeste, 128,5%. A participação do Nordeste passou de 15,2% de estudantes matriculados em cursos presenciais em 2001 para 19,3%, ultrapassando a Região Sul. O Norte concentra hoje 6,5% das matrículas contra 4,7% há dez anos.
Já Sul e Sudeste perderam espaço. O Sul passou de 19,8% para 16,4% e o Sudeste, de 51,7% para 48,7%. “O ideal é que as matrículas se aproximem do porcentual da população. O Sudeste concentra 40% da população, então 48% ainda é uma concentração relativa”, disse Haddad.