A Maternidade Escola Santa Mônica, em Maceió, foi reaberta parcialmente ontem à noite, depois que duas das três mulheres internadas com suspeite de gripe A foram transferidas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para enfermarias de isolamento da mesma unidade de saúde. A maternidade tinha sido fechada na sexta-feira, por causa da constatação de três grávidas com suspeita da gripe suína.
Mas como as parturientes seguem sem previsão de alta, a direção da maternidade informou que só está recebendo grávidas com situação de alto risco. As demais gestantes que chegam à Santa Mônica, que fica no bairro do Poço, estão sendo encaminhadas para outras maternidades de hospitais particulares que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o gerente geral da Santa Mônica, José Carlos Silver, a melhora no quadro de saúde das mulheres e a consequente desocupação dos leitos de UTI, fez com que a equipe médica optasse pela reabertura da maternidade, mas só para atendimento aos pacientes de alto risco. Silver disse ainda que é necessário um processo de desinfecção da UTI para garantir que outros pacientes não sejam contaminados.
De acordo com o gerente geral, a outra mulher internada com suspeita da gripe A ainda apresenta quadro de síndrome respiratória aguda grave e está entubada na UTI. Já o bebê internado segue na Unidade de Cuidados intensivos (UCI), e o quadro de saúde dele também inspira cuidados.
Na quinta-feira, a Secretaria Estadual de Saúde anunciou o primeiro óbito no Estado em decorrência da contaminação pelo vírus H1N1. A vítima da gripe A era um homem de 30 anos, que morreu internado no Hospital Hévio Auto, que pertence ao Estado e atende pelo SUS, no Trapiche da Barra, em Maceió.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Herbert Motta, em Alagoas, até agora, já foram notificados 118 casos suspeitos da gripe A. Desses 34 foram confirmados para influenza A H1N1, 24 estão sob investigação, 46 foram descartados e 14 confirmados como gripe comum.