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Marun: governo não pode assumir para si a responsabilidade da segurança do País

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que o governo não vai “puxar para si” a responsabilidade pela segurança pública do País. Em palestra na Associação Brasileira da Atividade de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), o ministro chegou a afirmar que o foco na corrupção tem tomado o lugar do “combate a bandidos”.

Para Marun, o Brasil vive uma situação de “guerra” na segurança pública e como tal o problema tem de ser enfrentado. O ministro disse que o governo se propõe a continuar contribuindo com os Estados com recursos, informações, estratégia e intervenções “onde as coisas fujam do controle”.

“Mas o governo não pode assumir para si a responsabilidade da segurança pública e nem nós podemos transformar as Forças Armadas em forças de intervenção rápida”, disse ele.

O ministro reconheceu que a segurança pública é uma questão que tem se tornado mais grave nos últimos anos. Na sua avaliação há o empoderamento do crime organizado. Apesar da crítica ao foco na corrupção no lugar da criminalidade, o ministro depois fez questão de ressaltar que o “foco na corrupção é necessário”.

“A política mudou e tinha que mudar. Essa operações devem continuar no âmbito da legalidade”, argumentou. Ele ressaltou ainda que é preciso adotar lei de guerra e penas mais duras. “O armamento é de guerra. Existe ocupação de território”, disse. Segundo ele, nesses territórios ocupados pelo crime funcionam “outras leis”.

“Eu defendo penas absolutamente duras para quem pratica crimes contra a vida, (contra) a pessoa”, afirmou Marun, que defendeu o indulto de Natal concedido pelo presidente Michel Temer. Para ele, é preciso dar menos sensacionalismo ao problema das cadeias no País. “É uma pós-graduação. Entra ladrão e sai assassino. Se não ficar assassino, não sobrevive”, afirmou

Em defesa da reforma da Previdência, ele chamou a atenção para os recursos que são retirados da segurança pública para bancar o rombo das aposentadorias e pensões. “Isso atinge a sociedade toda”, disse.

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