Brasília – A ministra do Turismo e ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, afirmou nesta sexta-feira (22) que não houve irregularidades na contratação do consórcio de empresas que montou o serviço de informações ao público por telefone, durante sua gestão como prefeita da cidade. O contrato, de 2002, é objeto de inquérito, autorizado na última quarta-feira (20) pelo ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A petição refere-se tanto ao contrato da gestão de Marta Suplicy quanto de sua prorrogação na gestão de seu sucessor imediato e atual governador do estado, José Serra.
Segundo o pedido de inquérito feito inicialmente pelo Ministério Público Federal (MPF), em 2002, durante a gestão de Marta Suplicy, a prefeitura contratou o consórcio formado pelas empresas Perform Informática Comércio e Serviços Ltda, Voz Comunicação Estratégica S/C Ltda, Optiglobe Telecomunicações S/A e Atento Brasil S/A para instalação da central de atendimento à população. O contrato foi aditado e prorrogado nos anos seguintes e o serviço continua ativo na atual gestão, do prefeito Gilberto Kassab. O MPF avalia que o serviço ?teria resultado em prejuízo de R$ 14 milhões para o município de São Paulo?.
?Foi feita uma licitação com transparência. É um call center [central de atendimento telefônico] que está prestando até hoje, com a mesma licitação, um serviço muito bom para a população de São Paulo. E eu acho que não tem nada ilegal. Vamos ver?, disse Marta Suplicy. A ministra informou que não recebeu qualquer convocação ou comunicado do tribunal.
* Colaboraram Antonio Arrais e Marco Antônio Soalheiro