O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) concederá US$ 1 bilhão para financiar o setor de turismo e a infra-estrutura no Brasil. De acordo com a ministra Marta Suplicy, a instituição já aprovou o financiamento e, nos próximos dias, a Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) do Ministério do Planejamento deverá sinalizar a autorização.
"Eu acredito que já nos primeiros meses de 2008 nós tenhamos esse dinheiro, US$ 1 bilhão para infra-estrutura no Brasil todo. Isso vai nos ajudar muito a criar condições de melhoria do turismo, para nos prepararmos para a Copa de 2014, mas principalmente para a pessoa que mora naquela localidade", afirmou a ministra, na abertura do 24.º Congresso Nacional da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), na capital paulista.
"Quando se fala em saneamento básico e se investe nisso como uma possibilidade turística, no fundo você está também fazendo alguma coisa que beneficia aquela pessoa que mora ali, e turismo hoje é isso", acrescentou.
Aviação
Marta disse que duas companhias aéreas americanas deverão receber autorização para iniciar vôos diretos para o Nordeste nos próximos dias. Para a ministra, a medida é essencial para aumentar o fluxo de americanos no Brasil, que representam o segundo maior contingente de turistas, atrás apenas dos argentinos. "Vamos ter uma reunião amanhã sobre esse assunto e já está tudo muito encaminhado. Fui a Washington, conversei com as empresas e elas têm todo o interesse", declarou.
"Dos americanos que viajam para o exterior, só 1,6% vêm para o Brasil. Isso é nada. Nós não queremos que o turista americano seja obrigado a viajar para São Paulo e Rio para depois retornar ao Nordeste. Se ele quiser vir depois conhecer São Paulo e Rio, que ele venha, mas que ele tenha a possibilidade, como tantos europeus têm, de poder usufruir das nossas praias", afirmou.
Questionada sobre o Plano de Verão que deve ser anunciado ainda hoje pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, que pretende remanejar a malha aérea e aumentar as tarifas cobradas dos passageiros e das empresas aéreas que utilizam os aeroportos de Congonhas e Cumbica, Marta disse que não está acompanhando o assunto, mas que espera que as medidas sejam adequadas e que ajudem a dar mais tranqüilidade aos passageiros.