De olho numa redução das despesas administrativas, o governo federal tem pressionado os bancos a reduzirem o que cobram pela prestação do serviço de pagamento dos benefícios previdenciários pela rede bancária. O ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, disse nesta segunda-feira (22) que até o final deste ano espera concluir a negociação para que, em 2008, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) desembolse menos que os cerca de R$ 20 milhões mensais gastos hoje pelo serviço.

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A idéia de vender a folha de pagamentos do INSS para uma única instituição financeira, que já foi cogitada dentro do governo como uma saída para também incrementar os cofres públicos, ainda é lembrada, mas com certo tom de ameaça.

"Nós não desejamos fazer um leilão (da folha) da forma tradicional, mas se não houver um acordo com os bancos sobre novos preços, nós poderemos fazer um leilão", afirmou Marinho.

Segundo o diretor de Projetos Especiais da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Jorge Higashino, os bancos também têm interesse em reduzir os seus custos operacionais para prestação desse serviço. "Também estamos preocupados em reduzir os custos e sem perder qualidade no atendimento", afirmou Higashino, acrescentando que se todos tivessem conta bancária, por exemplo, as despesas já seriam menores.

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