Marina Silva quer sair do Meio Ambiente

Brasília – A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, já manifestou o interesse de sair candidata ao governo do Acre. Como o senador Tião Viana (PT-AC) também está disposto a concorrer – o que o levaria a brigar pela sucessão do irmão, o governador Jorge Viana -, a direção do PT prefere aguardar mais um pouco para conversar com a ministra. No Palácio do Planalto há uma certa decepção com o desempenho de Marina. Dizem pelos corredores que ela não conseguiu se desvincular da imagem de uma pessoa ligada aos ambientalistas mais radicais, ou dos "obscurantistas", como preferem os defensores do agronegócio, em alta no governo. Pelos critérios adotados por Lula, só deverão deixar os cargos os que forem candidatos a governador e a senador porque, nesse caso, é preciso um planejamento longo, com a costura de alianças amplas. Não é, por exemplo, o que ocorre com o candidato a deputado, que tanto pode disputar a eleição por uma coligação ou pelo partido. Candidatos a deputado existem muitos, e todos eles obrigatoriamente deverão sair até abril de 2006, seis meses antes da eleição. Entre os que tenterão renovar o mandato estão, por exemplo, José Dirceu (Casa Civil), Aldo Rebelo (Coordenação Política), Ricardo Berzoini (Trabalho), Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia) e Eunício Oliveira (Comunicações). "Esse (a saída dos que são candidatos a governador) é um critério do presidente Lula", comentou o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP). Ele acha que o fato de o critério atingir somente o PT e não os outros paratidos tem uma justificativa, porque os petistas têm muito mais ministérios que os outros aliados.

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