Brasília – A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta quinta-feira (21) que a paralisação da Operação Guardiões da Amazônia, destinada a vistoriar madeireiras no município de Tailândia (PA), não representa o fim da atuação do governo na área, mas uma estratégia para evitar conflitos com a população. A retirada da madeira ilegal já foi retomada, segundo a ministra.

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Na última terça-feira (19), um grupo de pessoas contrárias à operação cercou fiscais do governo do Pará e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e tentou invadir uma das serrarias da cidade para atear fogo a um caminhão que retirava a madeira apreendida na fiscalização.

"A operação de Tailândia vai ser efetivada. Nós não queremos é confronto com a população, estamos combatendo criminosos e contraventores, e essas pessoas infelizmente manipulam os moradores locais. Mas não queremos repetir nenhum caso de violência do tipo de Eldorado dos Carajás, longe disso?, afirmou a ministra.

Ela se referiu ao confronto ocorrido em 17 de abril de 1996 no município de Eldorado dos Carajás, ao sul do Pará, envolvendo agricultores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Polícia Militar, que resultou na morte de 19 trabalhadores rurais.

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?Estamos trabalhando com algo complexo, que envolve direitos sociais importantes, mas nem por isso o Estado deve ser conivente com qualquer prática ilegal em relação à madeira", acrescentou.

De acordo com a ministra, o contingente policial para garantir o transporte de madeira foi ampliado por determinação da governo do Pará de 80 para 160 policiais militares. Marina Silva afirmou que o caso de Tailândia é um episódio isolado e que o Ibama e a Polícia Federal manterão o cronograma de operações de fiscalização de madeira ilegal.

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"Estou saindo aqui para uma reunião no Gabinete de Segurança Institucional com o general Félix, os Ministérios da Defesa e da Justiça, a Abin [Agência Brasileira de Inteligência], e todos os órgãos da força para reforçarmos as ações tanto do Ibama quanto da PF", anunciou, após participar de um painel sobre florestas no fórum de legisladores do G8 e mais cinco países emergentes.

O encontro tem o objetivo de discutir recomendações sobre mudanças climáticas a serem levadas para a reunião das maiores economias do mundo, em julho, no Japão.