Senadores devem apresentar um pedido ao governo para que a Polícia Federal (PF) atue oficialmente nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Fraco (PSOL), morta na noite desta quarta-feira, 14, no Rio de Janeiro. Neste Quinta-feira (15), o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública) afirmou que colocou a PF à disposição. O chefe da Polícia Civil do Estado do Rio, Rivaldo Barbosa, afirmou que receberá a ajuda de “quem quiser ajudar”, mas que a instituição possui capacidade para resolver o caso.

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Após um apelo do senador Jorge Viana (PT-AC), o vice-presidente da Casa, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que presidia a sessão do plenário, reforçou que o Senado “tem que formalizar essa recomendação”. “Nós vamos formalizar a solicitação de Vossa Excelência, nós temos que formalizar esse apelo, para que a Polícia Federal colabore nas investigações, mas já havia a manifestação do próprio Ministro Raul Jungmann no sentido de que a Polícia Federal entre nas investigações”, respondeu Cunha Lima.

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Viana avaliou que o “pior dos mundos” seria o País não adotar as medidas necessárias para esclarecer o caso. “Nós podíamos pedir, formalmente, como Senado Federal, tendo em vista que uma parlamentar foi assassinada, não importa se é vereadora, deputado, senador, foi a democracia que foi atingida e acho que todos os parlamentares do Senado que atuam no Rio estão em risco. Todos os deputados e deputadas estão em risco, porque agora nós não sabemos o que pode acontecer”, pediu Viana.

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O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) sugeriu que a presidência da Casa ligue para o ministro da Segurança Pública para repassar as manifestações feitas nesta quinta no plenário pelos parlamentares. “Queremos que a família dessa nossa colega que faleceu ontem, vítima desse atentado, como tudo indica, pelo menos tenha a lembrança e a percepção de que os criminosos foram identificados. Ao mesmo tempo, não deixar de citar também a família do motorista Anderson, que perdeu um ente querido”, afirmou Buarque, fazendo referência ao motorista que conduzia o veículo e também foi assassinado.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) destacou a declaração de Jungmann de que colocaria a PF à disposição e disse ele fará “a coordenação e o planejamento investigatório usando constitucionalmente, legalmente, a Polícia Federal como órgão independente e republicano para fazer uma apuração que seja absolutamente condizente com o que quer a população brasileira”.