Fabiana Cristina de Araújo, de 22 anos, mãe de um menino de 5, estava no carro do marido, Luiz Oliveira de Carvalho, de 31 anos, em São Paulo. No banco traseiro, um amigo do casal esperava um sinal de Carvalho. Ao recebê-lo, apanhou um fio elétrico e passou em torno do pescoço de Fabiana, estrangulando-a.
Para esconder o crime e ter álibi, Carvalho cometeu o erro que o levaria à cadeia: simulou o seqüestro da mulher. Essa é a acusação da Divisão Anti-Seqüestro (DAS), que apurou o caso e prendeu o marido e o amigo, o comerciante Daniel Bertoni de Assunção, de 20 anos.
O assassinato ocorreu em 11 de novembro. No dia seguinte, Assunção telefonou à casa dos pais de Carvalho, com os quais Fabiana vivia, afirmando que a moça, que era monitora numa escola infantil, havia sido seqüestrada. Carvalho ainda pediu a uma amiga que fosse à DAS afirmar que havia visto Fabiana ser levada por um homem em um Vectra. ?A história começou a ruir quando encontramos um amigo de Fabiana que nos relatou as ameaças de morte que Luiz vinha fazendo à sua mulher?, disse o delegado Antonio Carlos Heib, da DAS.
Carvalho e Fabiana casaram-se há cinco anos. Tiveram um filho. No último ano, o relacionamento acabou e ela iniciou o processo de separação. Mesmo assim, continuou vivendo com os sogros, enquanto o marido, que é grafiteiro, foi morar em outra casa da família. Carvalho pensava que ela o estivesse traindo.
Passou a ameaçá-la. No dia do crime, apareceu no meio da tarde na escola e disse que o filho do casal havia sido atropelado. Desesperada, Fabiana largou tudo e entrou no carro.
Após algum tempo, ele parou o veículo e Daniel entrou. Rumaram para Guarulhos. No caminho, Daniel a estrangulou com o carro em movimento. Seguiram até o bairro Cabuçu, naquela cidade onde deixaram o corpo, que só foi encontrado quatro dias depois.
?A pessoa que ele mandou à nossa delegacia para mentir retratou-se e nós resolvemos ouvi-lo?, disse Heib. O marido confessou o crime e apontou seu cúmplice, que também foi preso e confessou na presença de seu advogado. Os dois tiveram a prisão decretada pela Justiça. ?O menino, que ficou sem a mãe e sem o pai, está agora na casa dos avós.?
Aposentado
Em Sorocaba, o aposentado Gersony Milton Arruda, de 72 anos, foi seqüestrado e morto a pauladas e facadas por três rapazes na segunda-feira. Antes de ser assassinada, a vítima foi torturada com um alicate e foi colocado um pedaço de pau em sua boca, para não gritar.
Os três acusados do crime, Tiago Sodré de Almeida, de 19 anos Alexandre Rodrigues, o Nenê, de 21, e Adriano Gomes da Silva, o Fubá, de 20, estão presos. Eles pretendiam roubar um carro e obter dinheiro para se divertirem. A polícia acredita que eles usaram drogas.
Arruda foi dominado nas proximidades da rodoviária de Sorocaba e colocado no porta-malas do seu Corsa prata. Num matagal em Araçoiaba da Serra, foi tirado do carro e agredido porque estaria sem dinheiro. Depois, foi morto.
Os rapazes foram presos porque estavam se vangloriando do crime no bairro onde reside um deles, em Sorocaba. Um morador ligou para a polícia.