O administrador Luiz Fernando Moisés, de 36 anos, marido de Nádia Moisés, uma das 199 vítimas que estavam no vôo 3054 da TAM que se acidentou em Congonhas, entregou à CPI do Apagão Aéreo na Câmara um manifesto pedindo providências do Poder Público para que novas tragédias não aconteçam. Ao chegar à CPI, Luiz Fernando encontrou-se com o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, que está prestando depoimento aos deputados. "Eu nunca o tinha encontrado. É complicado ter que apertar a mão dele, embora tenha respeito", afirmou o administrador. O corpo de Nádia Moisés, advogada de 32 anos, não foi identificado até agora.

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"Nossa indignação é porque esta era uma tragédia anunciada. Tentamos mobilizar o governo para que não caia no esquecimento mais este grande acidente", afirmou Luiz Fernando, que aguarda uma resposta do Palácio do Planalto, sobre pedido de audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Luiz Fernando considerou "muito sensacionalista" a divulgação dos diálogos dos pilotos momentos antes do acidente, mas elogiou o trabalho da CPI. Desde o dia do acidente, 17 de julho, Luiz Fernando não voltou a Porto Alegre, onde mora, porque aguarda a identificação do corpo de sua mulher.

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