O ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, afirmou nesta segunda-feira (6) que o ex-ministro das Minas e Energia Silas Rondeau deve voltar ao governo ao término das investigações da Operação Navalha, da Polícia Federal, mas que ainda não há uma data definida para isso. "Ele (Rondeau) deve voltar ao cargo, mas ainda não é o momento", afirmou Mares Guia, em entrevista, no Palácio do Planalto. O governo aguarda o resultado da investigação do Ministério Público Federal (MPF) sobre o caso para reconduzir Rondeau.
Rondeau pediu demissão depois de ter sido acusado nas investigações da Operação Navalha de ter recebido R$ 100 mil de propina da empreiteira Gautama para facilitar contratos da empresa em obras do programa Luz Para Todos. Se o MPF considerar que não há evidências para denunciar o ex-ministro, ele será renomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Desde a demissão de Rondeau, em maio, o Ministério de Minas e Energia está sendo comandado interinamente por Nelson Hubner, ex-secretário-executivo, que não foi efetivado no cargo. O PMDB, responsável pela indicação de Rondeau, apresentou ao presidente o nome de Márcio Zimmermann para o ministério, mas Lula prefere esperar a decisão do MPF para tomar uma decisão.