O ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, afirmou que a decisão de um eventual retorno de Silas Rondeau ao cargo de Minas e Energia é exclusiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O presidente está desconfortável com a situação de ter cometido uma injustiça (ao aceitar a demissão), mas a decisão é exclusiva dele", disse. Questionado sobre o fato de ter comentado que Rondeau deveria voltar ao cargo, Mares Guia foi cauteloso: "Eu disse que ele ‘poderia’ voltar. E ‘voltar’ é diferente. ‘Poderia’ é condicional", justificou.
Na segunda-feira, em entrevista no Palácio do Planalto, Mares Guia declarou: "Ele (Rondeau) deve voltar ao cargo, mas ainda não é o momento." O ministro disse que "é claro" que Rondeau gostaria de reassumir. "Eu também gostaria que ele voltasse, mas quem decide é o presidente." Rondeau pediu demissão depois de ter sido acusado, nas investigações da Operação Navalha, da Polícia Federal, de ter recebido R$ 100 mil de propina da empreiteira Gautama para facilitar contratos da empresa em obras do programa "Luz Para Todos".