O ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, afirmou nesta quarta-feira (8) que o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) equivaleria ao "fechamento" de metade da Esplanada dos Ministérios. Após conversar com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a tramitação da emenda constitucional que prorroga a vigência da CPMF, Mares Guia disse que não haverá barganha para a aprovação da proposta no Congresso Nacional. "Os parlamentares sabem o que eles precisam, e a CPMF faz parte essencial. É como se fechasse metade dos ministérios da esplanada se a CPMF acabasse", afirmou.
Segundo Mares Guia, "nenhum presidente da República, em nenhuma situação", poderá abrir mão da CPMF. Ele disse que o governo vai convencer os parlamentares a aprovar a prorrogação da CPMF com "bons argumentos". "A CPMF não é um recurso que entra no Tesouro e fica dormindo. É destinada à área da Saúde e Previdência e ao Fundo de Combate à Pobreza", argumentou.
Mares Guia minimizou a frente contra a CPMF organizada pelo DEM (ex-PFL) na Câmara dos Deputados. "Mas o DEM é oposição. O papel dele é se opor e criar dificuldade", disse. "E o nosso trabalho é organizar a base aliada para termos êxito no Congresso Nacional", completou.
Na avaliação do ministro, não é uma eventual partilha da CPMF que vai resolver o problema fiscal dos Estados e municípios: "O que vai resolver a questão dos Estados é a reforma tributária, porque vai melhorar a situação fiscal do País. A grande mudança não será a CPMF. Ela não é um cavalo de batalha. A grande mudança vai ser a PEC da reforma tributária.