O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e um dos seus sócios nas agências de comunicação de Minas Gerais, a DNA e a SMP&B, estão entre os 17 presos nesta sexta-feira (10) durante a Operação Avalanche, da Polícia Federal, segundo a assessoria da PF, que não confirmou o nome do sócio. Outras 15 pessoas foram detidas acusadas de participar de uma quadrilha composta por empresários, despachantes aduaneiros, advogados e policiais civis e federais que praticava extorsão, fraudes fiscais e corrupção. A operação foi deflagrada em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

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Marcos Valério ficou conhecido em 2005 por seu envolvimento no chamado escândalo do mensalão. O empresário mineiro – acusado de ser o principal operador do escândalo de repasses de dinheiro a parlamentares aliados do governo durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – responde por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

 

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Na ação desta sexta, a PF cumpriu 17 mandados de prisão e 33 ordens de busca e apreensão, encontrando mais de R$ 500 mil. Segundo a PF, o esquema desbaratado hoje era dividido em três núcleos distintos, mas interligados. No primeiro grupo, através de contatos em órgãos públicos (Polícia Civil e Federal, Receita Federal e Estadual), a quadrilha obtinha informações privilegiadas sobre determinados empresários que apresentavam problemas junto ao fisco e, com base nesses dados, praticavam extorsão, exigindo valores em troca de possível solução.

 

O segundo grupo atuava em fraudes fiscais, visando praticar importações ilegais através de empresas de fachada, contando com a ação de despachantes aduaneiros junto ao Porto de Santos. O terceiro grupo foi identificado no momento em que uma empresa que havia sido autuada pela Receita Estadual em mais de R$ 100 milhões utilizou, como tática de defesa, a desmoralização dos fiscais responsáveis pela autuação através da instauração de inquérito policial com base em fatos inverídicos.