O empresário Marcos Valério entrou na Justiça, em Brasília, com ações para cobrar do PT o pagamento de R$ 100.582.935,35. O valor é referente a empréstimos tomados nos bancos Rural e BMG e repassados ao partido entre 21 de fevereiro de 2003 e 1.º de outubro de 2004, acrescidos de despesas financeiras.
Numa das ações, no valor total de R$ 100.082.166,35, a SMPB, de Marcos Valério, cobra R$ 55.941.227,81 por recursos repassados ao PT e R$ 44.140.938,54 pelo pagamento de juros, atualização monetária e tributos, como Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e CPMF.
Em outra ação, Marcos Valério cobra do partido R$ 500.769,00 referentes ao pagamento feito pelo empresário da parcela do financiamento, no valor de R$ 2,4 milhões, contratado pelo PT no Banco BMG, operação na qual Valério figura como avalista. O total engloba o valor da parcela do financiamento, R$ 351.508,20, mais juros, correção monetária e impostos. O empréstimo foi contratado pelo PT em 17 de fevereiro de 2003.
Os valores já haviam sido cobrados do partido numa notificação judicial feita por Marcos Valério em agosto. No entanto, segundo um dos advogados do empresário, Rodolfo Gropen, o PT não se pronunciou após a notificação. O advogado afirma que a realização dos empréstimos repassados por Marcos Valério ao PT consiste em fato público e notório e no qual a lei processual civil dispensa a produção de provas.