Marcola é sentenciado a 160 anos de reclusão

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) confirmou nesta quarta-feira a condenação de Marcos Willian Herbas Camacho, conhecido como Marcola, a 160 anos de reclusão por ser um dos mandantes das mortes ocorridas em rebelião na Casa de Detenção São Paulo (Carandiru), na zona norte da capital, em 2001. A sentença foi dada pelo 2.º Tribunal do Júri de São Paulo, há exatamente uma semana.

Marcola foi apontado como integrante facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). “Nesta condição”, escreve na sentença o juiz de direito Alexandre Andreta dos Santos, “e com o auxílio de terceiras pessoas, todas sob o seu comando, perpetrou, como mentor, o motim conhecido como ‘mega Rebelião’, movimento este que, de forma simultânea, conseguiu rebelar quase a totalidade dos presídios do Estado de São Paulo”.

Marcola foi condenado por participação em oito crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, uso de meio cruel e uso de recursos que dificultaram a defesa da vítima) e mais quatro crimes de constrangimento ilegal. Na sentença, o juiz relata que “o acusado, juntamente com terceiros, detinha o domínio do fato, mentor intelectual que se serve de outras pessoas, conhecedoras da ilicitude das suas ações, para executar, às suas ordens, os diversos crimes objetos da presente ação”.

De acordo com a denúncia, as mortes ocorridas durante a megarrebelião foram ordenadas por Marcola, Edmir Vollete, Edmir Armando Alfenas, Marcos Magalhães dos Santos, Ronie Rodrigues Santiago e Cesar Augusto Roriz Silva. O promotor responsável pelo caso, Norberto Joia, explica que Vollete e Alfenas também foram condenados como mandantes em dezembro de 2012, a 197 anos e 148 anos de reclusão, respectivamente. Os outros três acusados já faleceram.

Na semana passada, Marcola não quis ser trazido da Penitenciária de Presidente Venceslau (SP) para acompanhar o julgamento.

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