Tendo como figura o caboclo de lança, com sua cabeleira colorida de ráfia e flor na boca, os maracatus rurais mostram sua pujança, nesta segunda-feira (16), em encontro realizado na Casa da Rabeca, na Cidade Tabajara, em Olinda (PE), onde devem desfilar durante todo o dia 30 maracatus e 15 caboclinhos.

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Fundada em 2002 pelo Mestre Manoel Salustiano, o Mestre Salu (1945-2008), a Casa da Rabeca estimula a preservação da tradição cultural pernambucana, com apresentação de folguedos populares durante todo o ano.

O Cambindinha de Araçoiaba, que completa 100 anos de existência, o Leão Vencedor de Carpina e o Piaba de Ouro, este criado por Salustiano, sãos os destaques deste ano. Afastada da loucura que toma conta da área da cidade histórica de Olinda, onde o carnaval se espalha com troças, blocos, orquestras de frevo e também outros ritmos como samba, a Casa da Rabeca permite mais tranquilidade a quem quer ver com mais cuidado as apresentações populares – forte marca do carnaval pernambucano.

Fusão de elementos de pastoril, cavalo marinho, bumba meu boi, reisado e caboclinhos, o maracatu rural surgiu no final do século 19 na zona da mata pernambucana, vivificado por trabalhadores dos engenhos de cana de açúcar. Em 1977, quando o mestre o Mestre Salu, criou a Associação dos Maracatus Rurais, apenas 11 sobreviviam precariamente no Estado. Hoje, mais de cem estão em funcionamento.

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