Brasília – O pior da crise financeira internacional já passou no entender do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Na análise que fez nesta terça-feira (2) , as turbulências provocadas pela crise no mercado imobiliário norte-americano foram assimiladas pelos bancos centrais estrangeiros da Europa e dos Estados Unidos, "que têm adotado uma postura eficiente".
Mantega também disse que a repercussão da crise no Brasil será quase nenhuma. "Acredito que em 2008, não teremos conseqüência maior dessa turbulência que será assimilada ainda em 2007. Até o final do ano, todos os problemas serão absorvidos. Se tiver alguma desaceleração da economia, vai atingir pouco o Brasil", disse.
Quanto à revisão das projeções do saldo da balança comercial deste ano, anunciada ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio de US$ 46 bilhões para US$ 40 bilhões, Mantega afirmou que o resultado já era esperado porque a economia está em crescimento e precisa atender parte da demanda interna com produtos de outros países.
"É também salutar porque você diminui a pressão sobre o real à medida em que você diminui o saldo. E talvez, não precisemos de US$ 46 bilhões".
O ministro da Fazenda também rebateu às criticas sobre uma possível perda de fôlego das exportações brasileiras. "Não há perda de fôlego porque as exportações continuam crescendo. Tivemos crescimento de 10%. Está até melhor do que esperávamos", destacou.
