O ministro da Fazenda, Guido Mantega, acenou nesta sexta-feira (28) com a possibilidade de o governo discutir com a oposição alternativas para a aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), inclusive a redução da alíquota da contribuição. "É claro que a redução da CPMF é uma dessas alternativas de redução de tributos. Quero discutir isso não só com a base do governo, mas também com a oposição", disse Mantega. Apesar desta possibilidade, o ministro advertiu: "É claro que podemos caminhar para uma flexibilização, mas depois que a medida for aprovada da forma em que se encontra".
Mantega ressaltou que o governo já vem realizando desonerações tributárias em vários setores produtivos, com efeitos positivos na renda e no crescimento do País. "E vamos continuar fazendo isso", emendou. No seu entender, os senadores têm claro a importância da CPMF para o País, inclusive para o setor da educação. "Haddad, sem a CPMF, teremos que reduzir os recursos do PAC da Educação para todos os brasileiros" falou Mantega, brincando com o ministro da Educação, Fernando Haddad, que estava ao seu lado.
Apesar da brincadeira, Mantega acredita que a bancada do governo estará totalmente unida em prol da prorrogação desta contribuição. "Pela importância que essa contribuição tem para viabilizar o equilíbrio fiscal, que é importante para a solidez do País e também para os programas sociais vinculados a este tributo", disse.
O ministro da Fazenda afirmou ainda que, apesar das dificuldades que o governo federal vem enfrentando no Senado, a oposição deverá ser sensível e aprovar a prorrogação da CPMF. "No momento trabalho com o cenário de que a oposição vai ser sensível aos interesses do País, porque não se trata de interesses do governo", disse. E emendou: "se um dia a oposição se tornar governo ela vai precisar desse tributo. Então estaria dando um tiro no pé se trabalhasse contra ele".
