Manobra de defensores adia julgamento da extradição de Cacciola, diz ministro

Brasília – O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse nesta quinta-feira (22) que considera "natural" a "manobra" dos defensores para adiar o julgamento do processo de extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, preso no Principado de Mônaco desde 15 de setembro.

Após participar de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, o ministro informou que os documentos enviados pelo Brasil para a Justiça de Mônaco estão completos. E que o Ministério Público do principado já se declarou favorável à extradição.

?Isso deve ser alguma manobra dilatatória, legal, dos defensores, que estão tentando retardar a decisão. Para nós é perfeitamente natural e aí funciona a soberania da Justiça de Mônaco?, declarou o ministro.

Salvatore Cacciola, italiano naturalizado brasileiro, deveria ser julgado hoje na Corte de Apelação em Mônaco. Ele estava foragido do Brasil desde 2000, depois de condenado a 13 anos de prisão pelos crimes de peculato e gestão fraudulenta no Banco Marka, que provocou um rombo de mais de R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos do país. Chegou a ficar preso no Brasil, mas conseguiu habeas corpus e viajou para a Itália.

O julgamento em Mônaco foi adiado para dezembro e o Brasil ainda deverá aguardar a decisão e a homologação, se for favorável à extradição, para que o ex-banqueiro cumpra o restante da pena no país.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo