Manifestantes ainda ocupam totalmente a Avenida Paulista, no sentido Consolação, no início da tarde desta quinta-feira, 15. O grupo chegou ao local por volta das 11h e se reuniu em frente ao prédio da Fiesp. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 100 manifestantes participam do ato na Paulista. O protesto é realizado por funcionários de uma empresa privada que terceirizava serviço a um telecentro comunitário da Prefeitura de São Paulo.
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizou na manhã desta quinta-feira, 15, cinco protestos na capital paulista. Os locais escolhidos foram Radial Leste, em frente ao Itaquerão; na Marginal Pinheiros perto da Ponte João Dias; na Marginal Tietê próximo à Ponte Estaiadinha; na Avenida Giovana Gronchi, perto do Shopping Jardim Sul; e na região da Ponte do Socorro.
Na zona leste, cerca de dois mil integrantes do MTST participaram nesta manhã de uma manifestação em Itaquera, na Radial Leste, próximo à Estação Corinthians-Itaquera e à Arena Corinthians (Itaquerão). Os manifestantes queimaram pneus e houve uma rápida tensão com um policial que tentou impedir a ação. Uma nuvem enorme de fumaça preta tomou a via enquanto os manifestantes gritavam “A Radial é nossa” e outras músicas a favor de moradias populares e contra a Copa do Mundo. Uma linha de policiais militares com escudo foi formada a cerca de 200 metros da concentração dos manifestantes, mas não houve confronto.
“Nosso objetivo não é chegar ao estádio para não haver provocação. Deixamos isso bem claro inclusive para a torcida organizada do Corinthians que veio nos procurar. Nosso objetivo é chamar atenção para as nossas reivindicações”, explicou um dos líderes do MTST, Guilherme Boulous.
A interdição da Radial Leste, sentido centro, durou pouco mais de duas horas, até que os manifestantes marchassem de volta para a ocupação “Copa do Povo”, próxima ao Parque do Carmo, de onde partiram por volta das 8h da manhã.