Manifestantes retornam às ruas de São Luís

Depois de uma noite de trégua, os manifestantes voltaram às ruas de São Luís. Já no começo da manhã, três protestos interditaram duas das principais avenidas da cidade: a avenida dos Portugueses, que foi boqueada pela sétima vez esta semana, e a avenida Guajajaras, no retorno do Tirirical, fechado pela terceira vez desde o início dos protestos na capital maranhense, no último dia 19. A BR-135 está interditada no ponto de ligação da ilha com o continente.

Na avenida dos Portugueses, estudantes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), de escolas estaduais e moradores dos 56 bairros da área Itaqui Bacanga, organizaram uma passeata que saiu da praça do Anjo da Guarda e seguirá para a Câmara de Vereadores.

Eles tem uma pauta de reivindicação com 12 pontos com questões como segurança, mobilidade urbana, transporte público, saneamento básico, saúde e educação. Em nota, a organização do movimento #VEMPRARUAITAQUIBACANGA afirmou que não é intenção interditar a avenida.

Na saída da cidade – na conjunção entre a BR-135, única ligação por terra de São Luís com o continente, e a avenida Guajajaras – cerca de 1 mil manifestantes, quase todos moradores dos bairros que ficam ao longo da rodovia federal, interditaram parcialmente a via, porém, o trânsito ainda flui, apesar de estar lento.

Mais a frente, já próximo a ponte do Estreito dos Mosquitos, moradores dos povoados de Maracanã e do Quebra Pote interditam totalmente a rodovia federal. Nos dois pontos de interdição, os manifestantes atearam fogos em pneus e galhos de arvore. A Polícia Rodoviária Federal acompanha os protestos na BR-135.

Beijaço

Para a tarde, estão previstos mais duas manifestações: “Estamos vencendo – ato 6”, puxado pelo movimento #VEMPARARUASÃOLUÍS, que protestará contra a truculência da atuação policial na repressão das manifestações na capital, e Beijaço “Enquanto eles batem, a gente beija”, organizado pelo movimento Marcha das Vadias, na praça Nauro Machado, no centro histórico de São Luís, e que seguirá em marcha pela avenida Beira-Mar, uma das principais vias do centro da capital.

Este segundo protesto é um ato que também tem como alvo a violência policial nas manifestações, porém inclui a livre orientação sexual. Os participantes exigem também a saída de Marco Feliciano da Comissão de Direitos Humanos do Congresso, o fim da “cura gay” e em prol de um estado brasileiro laico.

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