Manifestantes que defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff continuam acampados em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na avenida Paulista. No começo da manhã deste domingo (20), o grupo reunia cerca de 100 pessoas e, de acordo com os participantes, a presença deles no local se mantém “pelo tempo que for necessário”.

continua após a publicidade

O acampamento foi iniciado na quarta-feira e dispersado na sexta-feira sob ação policial, que foi justificada pela realização de manifestação contrária ao impeachment. A manifestação contou com a presença do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e se prolongou até a madrugada de sábado.

A designer Daniela Figueiredo contou que 70 pessoas estão nas barracas e outras 30 se revezam, em pé, no microfone ou puxando os gritos de ordem. “Vamos ficar o tempo necessário até a renúncia da Dilma, o fim dessa história de Lula no ministério da Casa Civil, e para apoiar o juiz Sérgio Moro e a Operação Lava Jato”, disse.

Ela contou ainda que a manifestação não tem ligação com o Movimento Brasil Livre ou o Vem Pra Rua. Os participantes também se definem como não partidários. “É corrupto, tem de ir para a cadeia, após investigação e comprovação”, afirmou a designer.

continua após a publicidade

Assim que a Avenida Paulista foi fechada para carros, foram observados alguns desentendimentos entre pessoas que passavam no local e manifestantes.

O técnico em automação industrial Wesley Quoos Tubaroski disse que quase foi agredido quando foi tentar conversar com os presentes. “Fui conversar e tentar entender o que eles pensam, logo me tacharam de maconheiro, de comunista”, disse Tubaroski, que é filiado ao PSOL. Enquanto conversava com a reportagem do Broadcast, uma garrafa de água foi jogada contra o técnico e duas pessoas trajadas com cores da bandeira nacional se aproximaram para xingá-lo.

continua após a publicidade