Manifestantes ocupam Receita Federal em MT e RS

Cerca de 1.200 trabalhadores de diversos movimentos sociais do campo, atuantes no Mato Grosso, ocuparam o prédio da Receita Federal de Cuiabá hoje, segundo informações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A mobilização, com apoio político da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Centro Burnier Fé e Justiça e da Assembleia Popular, faz parte da Jornada Nacional que ocorre em todo País e do Grito da Terra em Mato Grosso.

Os movimentos sociais reivindicam dos governos federal e estadual medidas para amenizar a crise financeira e alterações na política econômica para enfrentá-la, priorizando a agricultura familiar e camponesa em detrimento do agronegócio, que, segundo eles, é altamente dependente de recursos públicos e que não cria empregos, além de ser um predador do meio ambiente.

A mobilização reivindica também o descontingenciamento de R$ 800 milhões do orçamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para este ano e aplicação na desapropriação e obtenção de terras, além de investimentos em infraestrutura para os assentamentos. Os movimentos tem cerca de 20 mil famílias acampadas em Mato Grosso esperando um pedaço de terra.

Porto Alegre

Centenas de integrantes da Via Campesina acamparam hoje dentro do pátio e diante do prédio da Receita Federal em Porto Alegre, na capital gaúcha. O grupo anunciou que a mobilização faz parte da Jornada Nacional de Lutas dos Trabalhadores do Campo e da Cidade, que ocorre em todo o País. Os manifestantes pedem ao governo federal que troque a prioridade dada ao agronegócio por benefícios à agricultura familiar. Também reivindicam ajuda aos pequenos produtores rurais afetados pela estiagem do primeiro semestre no Rio Grande do Sul. O protesto paralisou o atendimento ao público da Receita Federal porque funcionários e contribuintes ficaram com dificuldades para entrar no prédio.

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