Servidores da rede estadual de educação e seguranças da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) trocaram agressões durante protesto realizado no início da tarde desta quarta-feira, 30, em frente ao Palácio Tiradentes, sede do Poder Legislativo. Os sindicalistas ocuparam a escadaria do prédio, no centro, e foram impedidos de entrar, inclusive com uso de spray de pimenta. Havia pessoas mascaradas no protesto. O presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB), chegou a ser cercado pelos manifestantes quando entrava no local.
A manifestação era contra o projeto de lei que altera regras para benefícios nas pensões por morte no Rioprevidência, que está na pauta desta quarta-feira. “Não vamos aceitar o pacote de maldades que o governo estadual enviou para a Assembleia. Os professores não admitem pagar a conta da péssima administração pública no Rio”, criticou a coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ), Marta Moraes. Os organizadores do ato pediram para que as pessoas mascaradas fossem identificadas e retiradas da manifestação.
Professores e servidores do quadro administrativo da educação estão em greve desde 2 de março. Na manhã desta quarta-feira, a categoria realizou uma assembleia na Praça XV, no centro do Rio, e decidiu pela continuidade do movimento grevista. O grupo seguiu até a Assembleia e ocupou a entrada do prédio. Além do projeto que muda regra do Rioprevidência, a pauta de reivindicações dos servidores conta com reajuste salarial, pagamento dos salários sem parcelamento e melhorias nas condições de trabalho.
O governador em exercício, Francisco Dornelles, estava na Alerj reunido com o colégio de líderes da Assembleia quando houve o tumulto. Na justificativa do projeto, o governador Luiz Fernando Pezão, que está de licença médica, argumenta que as mudanças vão aumentar a arrecadação do Rioprevidência.