Um manifestante teve um traumatismo facial próximo ao olho, segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. De acordo com relato do secretário adjunto de saúde, Elias Fernando, o manifestante afirmou que foi atingido por uma bala de borracha. O jovem ferido tem entre 20 e 25 anos e não teve sua identidade revelada. Elias, no entanto, disse que a posição do governo do DF é de que a Polícia Militar não usou balas de borracha durante a manifestação. O caso é o mais grave dentre os 54 atendimentos, sendo cinco policiais, que o Samu realizou na Esplanada dos Ministérios durante o protesto.
Desse total, 11 manifestantes e um policial foram removidos para hospitais, sendo que os motivos mais frequentes foram efeitos do gás lacrimogêneo, pequenos cortes e torções.
O danos causados ao olho do jovem que teve traumatismo de face dependem ainda de exames que devem ser realizados em três dias, segundo o secretário adjunto. “Ele teve a visão afetada e será submetido a exames para ver o grau de dano em torno do olho”. Houve uma morte próximo ao local do protesto, mas Elias descarta que tenha relação com o protesto. Um homem por volta de cinquenta anos caiu da plataforma da rodoviária do Plano Piloto e morreu por volta das 23h30. “Aparentemente não teve nada a ver com a passeata”, disse.
Um cabo da Polícia Militar, que foi ferido com um golpe de mastro por um dos manifestantes reunidos no Congresso Nacional, também foi levado do Centro Médico da Câmara dos Deputados para realizar um exame de tomografia. Segundo relato de outro policial, o PM W. Silva, de 35 anos, usava capacete quando foi atingido e, apesar da proteção, foi socorrido desacordado. Ainda de acordo com os policiais, o manifestante reagiu após a PM jogar spray de pimenta no grupo. Com o rosto coberto, o manifestante se aproximou e golpeou o policial. Silva, que já havia respirado gás lacrimogêneo e aparentemente já não estava bem, caiu desacordado.