São Paulo (AE) – O número de universitários brasileiros que estudam no exterior passou de 11 mil para 20 mil nos últimos anos, segundo relatório divulgado na semana passada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O total, no entanto, representa apenas 0,8% dos 2,7 milhões de jovens do mundo todo que estão estudando fora de seus países. E 0,5% da quantidade de alunos de graduação e pós no Brasil, que chegam a 4 milhões.

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Mas os números mundiais vêm crescendo, segundo o relatório da OCDE. Na década, o aumento na quantidade de estudantes em universidades estrangeiras foi de 41%. Em apenas 30 anos, a quantidade de alunos vivendo no exterior no mundo foi multiplicada por cinco.

Segundo especialistas, a globalização e as políticas de incentivo à internacionalização das universidades em todo o mundo são as principais razões da mudança. Vários governos contam com programas de estímulo aos intercâmbios, principalmente os que fazem parte da União Européia. Nos últimos anos, eles têm fechado alianças entre países ou universidades e acordos de cooperação permitem que créditos sejam reconhecidos de uma instituição para outra. Fala-se também em currículos comuns.

Além disso, universidades americanas, que tradicionalmente davam prioridade aos alunos de seu país, têm partido em busca de estudantes de fora. A Harvard abriu neste ano um escritório no Brasil e a Yale organiza eventos de apresentação da instituição.

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Para a OCDE, um fator que pesa de forma considerável na escolha de uma universidade é a língua. Parte da opção por EUA e outros se explica pelo ensino em inglês. Entre os brasileiros, as universidades americanas atraem mais de 35% dos universitários. Portugal vem em segundo lugar, com 11,4%, seguido pela França, com 8%, e Reino Unido, com 5%.