São
Paulo – A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo tentou até o final da tarde de ontem identificar o homem que morreu a pauladas na madrugada em uma rua da zona sul da capital. A Polícia Militar informou tratar-se de um morador de rua que foi agredido na cabeça. O crime ocorreu na Rua Roldão Euphrásio Leal, no Jardim Imperador. Segundo a secretaria, a rua na qual a vítima foi encontrada (ainda com vida) não costuma “abrigar” moradores de rua. O homem morto – branco, magro, que aparentava ter 25 anos – estava sem documentos. Ele foi socorrido e levado ao PS Jabaquara, onde morreu. Se for confirmado tratar-se de um sem teto, será o sétimo assassinato de moradores de rua nas últimas duas semanas.A Justiça de São Paulo determinou na quarta-feira que as empresas de telefonia móvel repassem à Polícia Civil informações armazenadas nas subestações que atendem o centro da capital, como parte das investigações sobre os ataques aos moradores de rua no mês passado. Seis morreram e dez ficaram feridos. A polícia quer os dados armazenados entre 2h30 e 5h30 dos dias 19 e 22 de agosto, quando ocorreram as agressões, nas ERBs (estações radio-base) das regiões onde foram registrados os ataques. Os dados incluem números de celulares – origem e destino de chamadas -, além do horário e tempo de duração. Com o rastreamento, a polícia espera chegar aos responsáveis pelas agressões.
A Justiça estabeleceu um prazo de 72 horas para que as operadoras repassem as informações para a Polícia Civil. Também foi decretado o sigilo do inquérito que investiga o caso, uma vez que a determinação resultará na quebra de sigilo telefônico de várias pessoas, inclusive daquelas que não têm envolvimento com o crime. Uma das hipóteses investigadas pela polícia é o envolvimento da GCM (Guarda Civil Metropolitana) nos crimes.
Enquanto isso, policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa ouviram ontem um homem suspeito de agredir moradores de rua na região central de São Paulo. O suspeito foi detido em um bar na região da Barra Funda (zona oeste) e levado para depoimento no DHPP, no centro, no final da tarde. Seu nome aparece em denúncias feitas à polícia. Ele seria segurança de rua, na região de Santa Ifigênia.