Mais dez pinguins foram resgatados entre a tarde de quinta-feira, 18, e a manhã desta sexta-feira, 19, encalhados em praias do litoral paulista. Oito aves apareceram nas areias de Ilha Comprida, no litoral sul. Outras duas aves foram resgatadas em Praia Grande e no Guarujá. Somente este mês, já são 60 desses animais – um número recorde em anos recentes – retirados das águas por estarem com a sobrevivência em risco.
As aves são da espécie pinguim-de-magalhães e biólogos atribuem a migração às mudanças nas correntes marinhas vindas do sul do continente, especialmente da região fria da Patagônia, no extremo sul da Argentina. Em Praia Grande, 35 aves apareceram nas praias e precisaram de resgate, já que apresentavam dificuldade para retornar ao mar. Policiais ambientais, com apoio de biólogos que atuam no litoral, resgataram os espécimes. A maioria foi encaminhada para o Instituto Gremar Pesquisa, Educação e Gestão da Fauna, do Guarujá.
Em Ilha Comprida, o biólogo Cristian Negrão cuida da recuperação de cinco pinguins. Segundo ele, os animais estavam em processo de exaustão e abatidos pela falta de alimentação. Sem energia, eles são empurrados pela correnteza para a praia e ficam encalhados na areia. Assim que estiverem em bom estado, eles devem ser soltos no mar. Uma das aves achada na praia já estava morta.