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Mais de 40 suspeitos são detidos após morte de delegado no Rio

O delegado Fábio Monteiro, de 39 anos, foi encontrado morto a tiros dentro do porta-malas de um carro, no início da tarde de sexta-feira, 12, perto da Central de Garantias Norte, na Cidade da Polícia, na zona norte do Rio, onde trabalhava. Logo após o crime, policiais iniciaram uma operação na Favela do Jacarezinho, a cerca de 800 metros da Cidade da Polícia, e em outras comunidades da região. Houve tiroteios, mas até as 21 horas não havia registro de feridos. Mais de 40 suspeitos foram detidos e conduzidos para prestar depoimento.

O corpo de Monteiro estava em um Chevrolet Cobalt preto abandonado na Avenida Dom Helder Câmara, perto do Viaduto de Benfica. No veículo havia uma credencial de um evento jurídico e o distintivo da Polícia Civil que pertencia ao delegado.

Pedestres contaram ter visto quatro homens saindo do veículo e correndo na direção das Favelas do Jacarezinho e do Arará, que são próximas. As testemunhas, então, avisaram PMs, que encontraram o corpo do delegado no porta-malas. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios do Rio.

Monteiro foi visto pela última vez saindo da Cidade da Polícia para almoçar. Informações preliminares indicam que ele teria sido vítima de assaltantes, em uma área conhecida como Buraco do Lacerda. Não se sabe se ele reagiu ou se os ladrões descobriram tratar-se de um policial. Monteiro teria sido levado para a favela e morto a tiros. Em seguida, o corpo foi abandonado no porta-malas do Cobalt.

Na Cidade da Polícia, o clima era de espanto e tristeza. Mais de 150 policiais se mobilizaram em busca de informações sobre o crime. “Toda ação contra agente público é um atentado, um tiro contra a democracia. A Polícia Civil não vai descansar enquanto não colocar as mãos nos criminosos. É uma resposta para a sociedade, e acima de tudo para o crime”, disse o secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Sá.

História

Monteiro era casado e tinha dois filhos. Ingressou na Polícia Civil do Rio em 2014 e atuava como professor de Direito Penal e Direito Processual Penal em um curso preparatório para concursos da Polícia Civil. Anteriormente, fora policial federal.

Era faixa preta de jiu-jítsu. No fim de 2017, Monteiro escreveu em sua conta na rede social Instagram: “Foi um ano difícil, principalmente na área de segurança pública: salários atrasados e morte de colegas (alguns amigos), mas chegamos até aqui e sobrevivemos.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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