Pelo menos 1.200 pessoas que foram atingidas pelas chuvas nos últimos dias no Rio de Janeiro ainda estão fora de suas casas, segundo levantamento da Defesa Civil. O relatório mostra que a grande maioria dos desabrigados – pessoas que perderam tudo e precisam dos abrigos públicos – e desalojados – as que podem contar com ajuda de vizinhos e familiares – vítimas das chuvas da semana passada já havia retornado para suas residências até ontem. A Defesa Civil do Estado aguarda o balanço dos municípios atingidos pelas chuvas de ontem à noite e madrugada de hoje.
Em Tanguá, na região metropolitana II, havia 196 desalojados e 60 desabrigados. Em Belford Roxo, 937 estavam desalojados e 40, desabrigados. Já em Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Natividade, Valença e em Três Rios, no centro-sul fluminense, todos desalojados e desabrigados tinham retornado até ontem para suas residências.
Hoje, duas ações foram desencadeadas pela Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) em Belford Roxo: a coleta móvel de sangue e combate a focos do mosquito Aedes aegypti. Outra medida adotada pelo Estado foi a criação do aluguel social, que será repassado aos municípios de Belford Roxo e Duque de Caxias, os mais atingidos na Baixada Fluminense, para ajudar temporariamente pessoas que não podem voltar para suas casas.
Mortes
As chuvas dos últimos dias já causaram seis mortes no Estado. As três primeiras vítimas foram registradas em Nova Iguaçu, na quarta-feira, quando um deslizamento de terra atingiu uma casa na Serra do Tinguá, matando dois adultos e uma criança. Ontem, um deslizamento de terra na estrada Rio-Teresópolis atingiu dois veículos, sendo que em um deles os ocupantes – um casal e uma criança – morreram. A via permanecia interditada no início da tarde de hoje.