O desastre nuclear no Japão consolidou uma maioria entre os brasileiros contrária ao uso da energia atômica para gerar eletricidade no País. São 54%, dos quais 7 em cada 10 são “totalmente contra” e os demais, “parcialmente contra”. A oposição a esse tipo de produção de energia cresceu 5 pontos após o acidente na usina de Fukushima.

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Esses são alguns dos resultados da sondagem Global WIN (uma rede mundial de empresas de pesquisa) sobre o uso de energia nuclear. Ainda segundo a pesquisa, uma fatia ainda maior dos brasileiros, 57%, mostrou-se preocupada – metade deles muito preocupados – com a possibilidade de um acidente nuclear acontecer também no Brasil. O grau de preocupação é superior à média mundial, de 49%.

Possível explicação para isso é que 40% não sabem dizer se o governo brasileiro controla adequadamente a segurança das usinas de Angra 1, 2 e 3. Além desses, 19% acham que não há controle adequado. Só 41% confiam nas medidas de segurança oficiais.

Dos entrevistados, 14% não souberam responder, 12% se disseram totalmente favoráveis ao uso da energia nuclear, 20% parcialmente a favor, 15% parcialmente contra e 39% totalmente contra. O apoio é maior entre os mais ricos e escolarizados. Já o crescimento dos que são contra a energia nuclear veio principalmente de quem não tinha opinião sobre o assunto.

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O governo federal estuda construir mais quatro centrais nucleares para produzir eletricidade no Brasil. A decisão final dependerá, segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, das consequências do acidente japonês.

Mundo

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A reação negativa à energia atômica não se restringe ao Brasil. Na média mundial, o porcentual daqueles que são contrários às centrais nucleares cresceu 11 pontos após o tsunami provocar o colapso da usina japonesa e a contaminação de trabalhadores, da água e do solo por radiação. Foi de 32% para 43%.

A oposição às centrais atômicas varia muito de país para país: de apenas 24% na Coreia do Sul a 90% na Áustria. O Japão foi onde mais cresceu o porcentual dos que são contra: de 28% para 47% (40% ainda apoia esse tipo de produção de energia). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.