A Polícia Civil do Rio Grande do Sul libertou uma socióloga de 34 anos e o filho dela, um menino de dois anos, que eram mantidos em cativeiro por traficantes do bairro Campo da Tuca, na zona leste de Porto Alegre, na tarde de ontem.

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O drama começou na segunda-feira, 13, quando a mulher, acompanhada do filho, pegou o automóvel da família e viajou de Canoas, onde mora, ao reduto dos traficantes, a 20 quilômetros de distância, para comprar crack. Relatos de policiais que trabalharam no caso indicam que ela fez uma primeira aquisição de pedras, por R$ 200, saiu do local e voltou pouco depois, em busca de mais droga. Durante a segunda negociação, foi retida pela quadrilha, junto com a criança.

A família notificou o desaparecimento à polícia. Ontem, um programa da Rádio Farroupilha pediu informações sobre o paradeiro da mãe e do filho. Telefonemas anônimos deram pistas à polícia da localização do automóvel e dos reféns. Os agentes do (Denarc) encontraram a mãe e a criança num casebre, onde prenderam o traficante que vigiava o local. Também localizaram o automóvel sem os bancos, as rodas e o rádio.

Segundo o delegado Rodrigo Zucco, a mulher estava dopada e vestida com roupas sujas, enquanto a criança dava sinais de estar sentindo fome, frio e cansaço. O policial também ouviu da socióloga que a quadrilha não deixou o menino ficar o tempo todo com ela. Depois de prestar depoimento, a mulher foi internada pela família em uma clínica de recuperação de dependentes químicos. A criança voltou para casa, onde ficou aos cuidados da avó.

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